A UJS de Uberlândia luta para que seja realizado um Congresso VERDADEIRO da UESU
e para que essa entidade histórica volte a ser gerida pelos estudantes, não estando atrelada a quaisquer mandatos!


Leia NOTA DE ESCLARECIMENTO sobre o ato político realizado no dia 16 de junho de 2010.

Confiram TAMBÉM a reportagem publicada pelo Jornal Correio no dia 26 de junho de 2010.

domingo, 11 de setembro de 2011

Às vítimas planetárias dos "onzes" de setembro

do blog "Crer no sonho"




Que fique bem claro: eu lamento a morte dos mais de três mil no atentado de 2001. Mas não posso deixar de lamentar também as vítimas da "retaliação", crianças que até hoje nascem com defeitos congênitos devido às bombas de urânio empobrecido lançadas no Iraque. Destas vítimas dos "onzes" de setembro os nossos "articulistas" de jornal não falam.



Os pingos nos 'i's

Depois de 10 anos de guerra contra o terror, não há sinal algum de um mundo mais seguro para se viver. E não há como disfarçar a verdade - os culpados pela crescente animosidade contra os EUA são os próprios "líderes" dessa potência arrogante (e aqui eu não me refiro apenas a governantes, mas aos donos dos maiores conglomerados econômicos do mundo), que mal dando conta de pagar suas dívidas ainda bombardeiam países alheios, pelo simples fato de que estes não lhes vendem mais petróleo a preço de banana.

Obama é a maior enganação da história dos norte-americanos, nenhuma "mudança" aconteceu. A assistência social está sendo jogada no lixo, o desemprego cresce diariamente e bilhões do patrimônio público foram injetados nos cofres dos bancos privados (os mesmos que levaram o mundo à crise promovendo a desenfreada roleta da especulação). O resto do mundo não tem nada que comemorar: o bloqueio a Cuba continuou, assim como a base militar de Guântanamo em que inúmeros "prisioneiros de guerra" são torturados diariamente. Os golpistas de honduras tiveram todo o apoio dos EUA, um pouco após a instalação de mais sete bases militares na Colômbia. Soldados permanecem no Iraque, aumentou-se o efetivo da ocupação estrangeira no Afeganistão e agora está em curso uma aventura militar na Líbia. Tudo indica que a Síria é o próximo alvo, numa ópera que os arábes já decoraram, de tantas vezes se repetir,

É preciso lembrar: Saddam Hussein foi apoiado politicamente e financiado pelos EUA em sua empreitada contra o Irã, anos antes de se tornar o inímigo público nº 1.  Osama Bin Laden foi treinado, financiado e apoiado politicamente pelos EUA quando lutava contra o exército soviético no mesmo Afeganistão que até hoje se encontra em guerra. Os presidentes do Egito e da Túnisa que foram depostos pela chamada "primavera árabe" até pouco tempo atrás eram aliados incontestes do Império. O próprio Kadafi andava mantendo boas relações com o Ocidente, sendo que empresas líbias financiaram a campanha presidencial de Sarkozy* e a Itália mantinha lucrativos negócios em curso no país africano.

Até quando nossa mídia colonizada (Globo, Folha de São Paulo, Veja, etc.) tentará nos enganar? Como pode o mandatário de um país que é responsável por mais da metada dos gastos militares no mundo ser o "Nobel da Paz"? Como podemos confiar nas políticas de combate ao terror e ao cataclisma nuclear, quando elas partem do único país na história que já utilizou a bomba atômica (e contra civis indefesos!)?!


Relembrando mais um pouco da história recente da humanidade

Há um 11 de setembro que pretendem esquecer, ofuscado pela fumaça que as rúinas das torres gêmeas deixaram. O 11 de setembro em que Allende foi assassinado, em Golpe abertamente apoiado pelo Império e que deu início a uma ditadura das mais sangrentas. Os EUA jamais se redimiram de tais crimes contra a humanidade. Quem vai julgá-los por isto?

Para quem não viu ainda, é indispensável assistir ao vídeo abaixo. Felizmente nem todos se entregaram a tanta enganação e mentira:




Aos lunáticos que ainda não se convenceram de que é preciso deter a OTAN, o Pentágono e Israel, aguardo (im)pacientemente o retorno de vocês ao Planeta Terra.


* É do filho de Kadafi (Saif al-Islam) a declaração de que Sarkozy teria recebido recursos da Líbia para financiar sua campanha eleitoral. O presidente francês vem enfrentandp sérias acusações envolvendo finaciamento ilegal de campanha.

Humor inteligente

do blog "Sem Idéia"

De fato no mundo de hoje as idéias de uma pessoa é muito mais facilmente difundida e esta pode ganhar vários seguidores, tudo isso graças aos meios de comunicação, sobre a tudo a internet, nela você pode postar qualquer coisa em algum site de relacionamento ou blog e pode gerar enorme repercussão com pessoas que na maioria das vezes você não conhece.
 
Exemplo disso foi o caso [em que a jovem] Amanda Régis atacou nojentamente nordestinos no Twitter depois de uma partida entre Ceará e Flamengo, foi dormir e amanheceu no topo dos mais mencionados no site e ainda processada pela OAB do Ceará.
 
Pois bem, dentro deste universo da internet e da televisão algumas pessoas parecem acima do bem e do mal, em vários seguimentos.
 
Marcelo Tas, que dirige um programa de pose independente e engraçado, na verdade serve a direita apresentando a política como grande escândalo e propagando ideias machistas e reacionárias, a última grande ideia de Marcelo Tás foi condenar a amamentação em público e ameaçar processar uma blogueira por discordar dele.



E por mais que as piadas sejam antigas, sem graças ou conservadoras as ideias de Marcelo Tas e sua trupe do CQC sempre parecem engraçadas, modernas e bem elaboradas, chamadas de Humor inteligente.
 
Além de Marcelo Tas, em outros segmentos há pessoas que podem até ser engraçadinhas as vezes mas que tem pouco conteúdo ou conteúdo já bem batido, Tiago Leifert no Globo Esporte tenta ser maior que o próprio programa e até que as notícias, falando de diversos assuntos agora Felipe Neto mostra sua falta de conhecimento e preconceito agora até no Esporte Espetacular onde tem um espaço para fazer seu "humor".
 
Enfim, vão se criando personagens que de novo tem pouco mas no entanto são os "intelectuais" do país, piadas velhas com novas pessoas contando, ideias antigas e conservadoras por quem se diz fazer humor inteligente.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Dormindo com o inimigo

por Beatriz Calheiro* e Eleonora Rigotti**

O título desse texto faz referência a um filme no qual uma mulher é agredida pelo próprio marido, pessoa em quem confia e acredita construir uma vida junto. A comparação nos serve para ilustrar o que ocorreu recentemente no 52º Congresso da União Nacional dos Estudantes. Vitorioso pela mobilização de mais de 1 milhão de estudantes e pela densa programação política, o congresso foi também palco de uma manifestação de preconceito contra as mulheres dignos dos tempos mais bárbaros.

Militantes políticos (podemos chamá-los assim?), jovens (mas tão antiquados quanto seus avós), ao se deparar com a disputa política durante um grupo de debates acerca do Código Florestal não responderam com intervenções políticas ou argumentos, mas com ofensas às mulheres que presidiam a mesa e encontravam-se no Plenário. Lamentável.

Lamentável ainda assistirmos esse tipo de violência em pleno século XXI. Lamentável isso acontecer no Congresso da UNE. Lamentável que parcelas da juventude que se dizem de esquerda, que dizem buscar uma nova sociedade, alimentem práticas como essas.

Mal sabíamos nós, que os que dividiram conosco alojamentos, filas de alimentação, plenárias e festas, eram, na verdade, os agressores.

Se os gritos de ofensas que ouvimos no 52º Congresso da UNE foram mais uma tentativa de silenciar mulheres de luta, não deu certo. As mulheres presentes naquele grupo de debate eram amazonenses.

Segundo a mitologia grega, as Amazonas eram integrantes de uma nação de mulheres guerreiras, associadas com diversos povos históricos ao longo da Antiguidade. A partir do período moderno, seu nome passou a ser associado com quaisquer mulheres guerreiras, e hoje o termo é utilizado para se referir a mulheres que montam a cavalo, participando de provas de equitação em destreza ou salto.

O explorador espanhol Francisco de Orellana, desbravando a floresta tropical sul-americana, em 1541, afirmou haver lutado com mulheres guerreiras que, das margens do rio, disparavam-lhes flechas e dardos de zarabatanas, tanto que a região ganhou esse nome – Amazonas.

Verdade ou não, o mito se faz realidade! Toda vez que, inspiradas pela bravura das Amazonas ou forjadas pela necessidade de lutar, mulheres de Norte a Sul do Brasil, da Grécia ou do Egito, declaram suas indignações, senão com flechas e cavalos, mas com discursos e mobilização. Seja para garantir autonomia e soberania de seu povo, seja para que os direitos conquistados não retrocedam seja para deixar bem claro que sexo frágil, é, no mínimo, uma expressão equivocada.

E assim foi. Na plenária final do congresso, essas mulheres organizaram outras tantas companheiras, cartazes, faixas, palavras de ordem. Não houve um estudante sequer que não tenha ouvido o grito dessas guerreiras.

Sabemos, infelizmente, que centenas de mulheres, que enfrentam diversas dificuldades para se fazer presente no espaço machista e excludente da política, são vítimas dessa violência todos os dias. Seja em reuniões, na militância cotidiana, ou nos espaços públicos.

Aos que saborearam pequenas vitórias ao excluir e por em dúvida a capacidade feminina, respondemos com amargor na saliva: sentimo-nos envergonhadas ao testemunhar tais práticas.

Assim como fizemos em Goiânia, não admitiremos qualquer violência, não nos sujeitaremos à imposição do medo da agressão, da voz que fala mais alto. Não pouparemos esforços para construir ao lado (não à frente, não atrás) dos companheiros, uma sociedade economica, social e culturalmente justa para todos e todas!

Que o 52º Congresso da UNE fique marcado pela presença forte e coerente das mulheres, que não se furtam da luta e constroem, com discurso e prática, uma nova sociedade.


*Beatriz Calheiro é estudante de História da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) e presidente da União estadual dos Estudantes do Amazonas (UEE-AM).

**Eleonora Rigotti é estudante de Gestão de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo (USP) e integrante do Centro e Circuito Universitário de Cultura e Arte (CUCA) da UNE. [Eleonora também foi presidente da UJS Uberlândia e diretora do DCE-UFU, saudações socialistas!]



 

 



terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Juventude lidera manifestações contra aumento das passagens pelo Brasil

Organizada, a juventude brasileira sai às ruas e luta pelo transporte público de qualidade e sem exploração ao bolso do povo.

Pipocam pelos principais centros urbanos brasileiros diversas manifestações contra o aumento das passagens do transporte público neste início de 2011. Liderados primordialmente pela juventude, os protestos tomam conta das ruas e incitam debates sobre as melhorias na qualidade dos serviços prestados, bem como o preço incompatível que hoje é cobrado dos trabalhadores. De norte a sul, a galera se mobiliza e mostra que o velho e batido discurso de acomodação juvenil é balela.

A cidade de São Paulo, por exemplo, está contando com atividades praticamente semanais de reivindicações. O Movimento Passe Livre (MPL) vem organizando passeatas e conscientizando toda a população usuária dos ônibus e metrô da capital paulista sobre o aumento abusivo cometido pela prefeitura. Reunidos com o secretário de Transportes Marcelo Cardinale Branco no último sábado, 12 de fevereiro, representantes do MPL debateram e pressionaram a administração, cobrando explicações sobre a majoração de preço para 3 reais. Apesar de algumas repressões policiais violentas, o Movimento vem resistindo e promete novo protesto para a próxima quinta-feira, dia 17, às 17 horas, em frente à Prefeitura.

Já em Fortaleza, no Ceará, dirigentes estaduais da União Nacional dos Estudantes estão mobilizando os estudantes para manifestações contra os seguidos aumentos que, em 2011, será de 22%. Segundo nota de Ivo Braga, vice-presidente regional da entidade, “aumentar o valor da passagem é restringir o princípio básico de ir e vir dos cidadãos fortalezenses, dos trabalhadores e dos jovens que necessitam diariamente do sistema de transporte público para ir e vir do trabalho, da escola e da universidade. Além disso, em momento algum é apresentada qualquer contrapartida em termos de melhoria na qualidade do transporte coletivo ou da malha viária do município”.

Salvador foi outro ponto de ebulição dos jovens. O movimento Revolta do Buzu encabeçou uma série de manifestações na última semana, aproveitando o período de volta às aulas. Diversos pontos da capital baiana foram tomados pelos estudantes, que demonstravam sua insatisfação com o aumento de R$2,30 para R$2,50 da passagem. A repressão policial também foi forte por lá, e a vereadora Olívia Santana (PCdoB) foi agredida ao tentar defender um manifestante que apanhava de seguranças da Prefeitura sem identificação.

As mobilizações vêm ganhando apoio de diversos setores da sociedade civil, entre eles sindicatos, partidos e organizações. Além disso, a internet está funcionando como importante aliado na divulgação das ações, principalmente o Twitter. Na semana entre 7 e 11 de fevereiro, o MPL promoveu um tuitaço nacional, com o slogan “Quem não tuita quer tarifa” e marcando a campanha com a hashtag #contraoaumento, que chegou a ocupar o primeiro lugar dos tópicos mais comentados na rede social. Buscando mensagens por essa tag, é possível ficar por dentro das próximas atividades.

Com informações do Portal Vermelho e UJS Ceará.


Texto originalmente publicado em

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Entidades civis debatem transporte público

Hoje (dia 10 de fevereiro) estiveram na Câmara Municipal de Uberlândia representantes de várias entidades para uma discussão sobre o transporte público da cidade. Estiveram presentes membros do movimento estudantil secundarista e universitário, de associações de bairros e da Associação dos Usuários de Transporte Público de Uberlândia - Autrap.
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Falaram no Plenário o presidente da Autrap, Frank Barroso, a presidente da UJS Uberlândia e coordenadora do DCE-UFU, Fátima Carvalho, e o presidente do Grêmio da Escola Estadual Prof. José Ignácio de Souza, Cassiano. Em falas coesas foram defendidas melhorias no transporte público, maior transparência no processo de reajuste da tarifa e o Passe Livre para os estudantes.
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Foi notório o descaso com o qual foi tratado o tema pela maior parte dos 11 vereadores presentes no plenário, mas o debate serviu para começar um grande movimento pelo Passe Livre na cidade. Tal conquista seria fundamental para o movimento estudantil uberlandense.
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Após as falas, o vereador Ronaldo Alves - que presidia a casa no momento - afirmou que a tarifa municipal de transporte público é reajustada pelo governo federal, e que o transporte público de Uberlândia é de ótima qualidade.
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É falsa a afirmação, é a Prefeitura que define os valores a serem cobrados, tendo sim autonomia para isto. Sobre a qualidade, talvez seja questão de ponto-de-vista. Deve mesmo ser ótimo o serviço de transporte público - para ele, que anda de carro.
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Continuaremos na luta por melhorias no transporte público em Uberlândia, por tarifas mais justas e pelo Passe Livre Estudantil.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Reproduzimos abaixo nota de repúdio elaborada pela Associação dos Usuários do Transporte Coletivo de Uberlândia. Conheça a entidade visitando seu site:  www.transportecoletivo.org.br


NOTA DE REPÚDIO




REAJUSTE DO PREÇO DA TARIFA DO ÔNIBUS É IMORAL E INJUSTO



A Associação dos Usuários do Transporte Público de Uberlândia – AUTRAP vem a público repudiar a atitude unilateral do Prefeito de Uberlândia em beneficiar as empresas concessionárias de transporte coletivo ao conceder um reajuste na tarifa do ônibus, que consideramos injusto, imoral, inadequado e ilegal. O decreto que aumento da tarifa foi publicado no dia 19/01/2011, no Diário Oficial do Município. O argumento do Prefeito é o de que estaria cumprindo cláusulas contratuais estabelecidas na licitação de 2009 – que escolheu as 3 empresas para prestar o serviço público de transporte coletivo na cidade.

Consideramos o aumento da tarifa abusivo e ilegal porque:


1) De 1997 até dezembro de 2010 a passagem de ônibus já acumulava um aumento de mais de 320% acima da inflação. Parcela cada vez maior da população fica impedida de utilizar transporte coletivo por falta de condições de pagar o preço altíssimo da tarifa. Por outro lado, o serviço oferecido pelas concessionárias é de baixa qualidade e não atende a demanda real da população por mobilidade urbana. Este fato significa que as concessionárias não cumprem o contrato devidamente. 

2) A Prefeitura Municipal concedeu, com aprovação da Câmara Municipal, a redução de 2% na taxa de administração do Sistema de Transporte Coletivo (CGO - Contribuição Geral de Operação) a título de subsídio, sem que isto significasse qualquer benefício para a qualidade do serviço prestado ou redução da tarifa. No mínimo, a Prefeitura deveria ter compensado este incentivo decretando um índice menor ao reajustar a tarifa. 

3) A Prefeitura não cumpriu a legislação municipal (Lei Orgânica e Lei nº 9.279/2006) que determina estudos técnicos prévios no processo de reajuste da tarifa e gestão transparente na definição da planilha de custos do Sistema de Transporte Integrado – SIT. 

4) Mesmo sem termos acesso à planilha de custo que reajustou a tarifa, de acordo com informações de fonte interna na Prefeitura e segundo o modelo do documento que fomentou o reajuste em 2009, denunciamos que os custos foram majorados artificialmente por vícios lesivos aos usuários do transporte. Vários itens dos insumos da planilha, como pneus, peças e acessórios, são lançados com preços de varejo, quando na verdade são adquiridos pelas empresas a preços de atacado.

5) As três empresas vencedoras da última licitação e contratadas pela Prefeitura de Uberlândia não estão prestando o serviço de transporte coletivo de forma eficiente, regular e com qualidade, conforme o artigo 6º da Lei nº 8.987/95, que determina o seguinte:

Art. 6º Toda concessão ou permissão pressupõe a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato - § 1º Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade, cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas.- § 2º A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço.- § 3º Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando: I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações; e, II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade. É sintomático, portanto, que o valor dessa tarifa seja sobremaneira elevado para os usuários do serviço, a maioria composta por trabalhadores assalariados de baixa renda que dependem do transporte coletivo para seguirem a sua rotina. 

Nesse aspecto, o Prefeito Municipal têm tornado o serviço de transporte público de Uberlândia inadequado, além de ser negligente com o cumprimento do contrato. Veja em nosso site - www.transportecoletivo.org.br - vídeos que revelam a baixa qualidade do serviço prestado pelas empresas concessionárias.

Esse conjunto de requisitos ou princípios é, modernamente, sintetizado na expressão serviço adequado, que a nossa Constituição adotou, com propriedade técnica, ao estabelecê- lo como uma das diretrizes para a lei normativa das concessões (art. 175, parágrafo único, IV), que o definiu no art. 6º (Lei nº 8.987/95).

Portanto, desatendendo a qualquer desses requisitos, o concessionário expõe-se às sanções regulamentares ou contratuais da concessão, por execução inadequada do serviço.

Reafirmamos que em Uberlândia o serviço de transporte público é sinônimo de sufoco, irritação, atrasos, desorganização e sofrimento. O número de fiscais para a fiscalização do serviço é insuficiente para verificar tantos atos lesivos aos usuários. 

6) Juridicamente só seria aceitável um reajuste após ampla, independente e transparente auditoria técnica, contábil e financeira, na planilha de custos e na arrecadação de todo o sistema de transporte público.


Em defesa dos direitos difusos e coletivos, bem como dos direitos metaindividuais consubstanciados no Código de Defesa do Consumidor, a Associação dos Usuários do Transporte Público de Uberlândia, juntamente com diversas outras entidades sociais, buscará todos meios para vencer os abusos do Poder Público Municipal na justiça, com mobilização social e apoio de técnicos da Universidade Federal de Uberlândia - UFU, Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG e da Universidade de Campinas, esta última inclusive com experiência em auditorias em situações como esta.

sábado, 15 de janeiro de 2011

A União da Juventude Socialista se solidariza ao povo da região serrana do estado do Rio de Janeiro. Este é um momento de muita tristeza e merece toda a atenção da sociedade brasileira.


 Infelizmente, a tragédia que aconteceu no Rio de Janeiro não é fato isolado no plantel das grandes catástrofes de nosso país. Para citar apenas os últimos grandes casos, em 2008 a tragédia foi em Santa Catarina, em 2010 em Angra dos Reis, em 2011 na região serrana do estado do Rio de Janeiro. Sem falar nas enchentes que acontecem todos os anos em São Paulo. Todos pelo mesmo motivo: a ocupação urbana desordenada causada pelo desenvolvimento desigual do capitalismo.

Em síntese: (1) o desenvolvimento econômico traz indústrias para certas localidades até então despreparadas; (2) a indústria cria grande demanda de mão de obra; (3) nem o município, tampouco a indústria se preocupam com a criação de moradia digna para esses trabalhadores; (4) os trabalhadores mais pauperizados são obrigados a construir moradias em locais de alto risco; (5) o desastre é a iminente consequência.

O desenvolvimento econômico de cada município não pode estar desconectado de seu desenvolvimento social. Algumas autoridades, como o ex-governador José Serra, costumam vir a público dizer que a culpa seria da natureza. Uma desculpa parecida com a do economista que na década de 80 disse que o plano cruzado deu errado por causa de uma variável que ninguém pensou: a política. Do mesmo modo que temos que conviver com a política (não podemos descartar essa variável) temos que conviver em harmonia com a natureza. E estarmos preparados para ela. Tanto o Japão quanto Cuba, por exemplo, são vítimas de terremotos e furacões sem que haja a mesma quantidade de vítimas que há no Brasil.

Ao capitalismo cabe criar condições desiguais e tragédias como essa. Aos socialistas cabe lutar para que o Estado não permita que tragédias como essa se repitam.